quarta-feira, 24 de junho de 2009

Acordão sai - mas não resolve



O Fábio Seixas estava certo: a briga era mais cenografia do que guerra aberta. Max Mosley, presidente da FIA, Bernie Ecclestone (dono da F1)e Luca de Motezemolo (FOTA) congraçaram e estão amiguinhos de novo. Teremos uma só F1 em 2010 - e sem chance de vermos uma corrida mais barata aqui do lado em Buenos Aires.

Ok. Mas isso não resolve o problema de ver minguarem as corridas mais tradicionais e iconográficas da F1. Hockenheim já disse estar provavelmente fora porque sediar a corrida nos termos de Ecclestone é inviável financeiramente. E isso que vinha sediando o GP da Alemanha ano sim, ano não.

Detalhe: alemão ganha em Euro, é louco por automobilismo e acampa nos autódromos uma semana inteira. Ou seja, não é problema de venda de ingresso. É que a bilheteria não paga o investimento mesmo.

Silverstone? Fora. GP da França? Necas. Spa? Sonha, meu filho. Canadá? Não. Indianápolis? "Só" MotoGP, Indy 500 e Nascar.

Sobram os países emergentes (Brasil, Turquia, China, Singapura) - que estão mais preocupados em fazer marketing, muitas vezes com arquibancadas vazias. O GP turco desse ano, por exemplo, colocou 15 mil pessoas - contra 105 mil em Silverstone.

É um saco. Mas no fundo a gente sabia que a cisão era inviável. E o espectro da quase morte dos monopostos nos EUA sempre vai rondar quem quiser partir para algo tão radical.

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